Jade D’oce tem a mais pura certeza de que nunca mais confiará em ninguém. Nem para atravessar a rua e nem senhoras bondosas que oferecem bolo de cenoura sem açúcar — de graça! — sempre que passa perto da mercearia. Ninguém mesmo! Nem mesmo em Ava A. Truong, a única pessoa que parece compartilhar dos mesmos sentimentos inoportunos de Jade. O começo do sentimento iniciou-se quando descobriu que seu namorado, Francis Powler, possuía outras namoradas, incluindo Ava. Ou incluindo Jade. O que as duas sabem é que querem, urgentemente, esquecer o fatídico dia em que descobriram seus chifres, mesmo que isso infligisse algumas leis, principalmente ao roubarem — e baterem — o carro de Francis. Movidas ao acaso e pela justiça do trabalho voluntário e coletivo, Jade e Ava acabam por dividir a mesma tarefa em um centro comunitário da terceira idade; organizar uma festa i... Leia mais
1964: Em meio à tantas divergências sociais, políticas e ideológicas, Eva encontra-se perdida. No caos brasileiro da ditadura que assolava o país, não era o momento ideal para ser mulher, negra e solteira. As dificuldades só aumentam quando uma gestação atinge o ápice. Precisando se esconder para proteger sua vida, ela enfrenta muito mais do que a fome ou a sede. Alimentando-se de forças inesperadas, Eva traça seu caminho conflituoso passando por cima de cada novo obstáculo. Uma história contada a partir de cartas memoriais deixadas para uma filha com bastante dor e mil dúvidas para carregar. A visão do caos durante a guerra, e da guerra depois do caos.