A vida e suas voltas. Ora, vira-se o jogo; ora, o próprio tabuleiro.
Luíza e a brisa leve sobre seu rosto. De bicicleta, mais do que as pedaladas, era a música que a levava. Sonhos, sempre tivera, assim como passos firmes e caminhos escolhidos a dedo. Com o mesmo afinco, costumava projetar seus objetivos e alvos, todos muito legítimos. Só não percebeu, tampouco compreendeu quando o destino transformou seu terraço de infância e os demais pavimentos de sua vida adulta em tabuleiro. Começara a jogar sem sequer saber que estava jogando. A partida iniciara e ela nem desconfiava das regras e do quanto já era a presa.
Antônia, mulher travestida de serpente, com seu poder e imponente beleza. Apesar da sagacidade, todavia, nunca soubera escolher por onde, com dignidade, trilhar. Na dúvida, pisava sobre tudo... e todos. Se preciso fosse, pisava até em si mesma. Uma coisa era fato: sempre fora a dona de seus tabuleiros e feitoras das regras mais sórdidas de cada jogo. Obriga...
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