O sonho de João Manuel era escrever um folhetim para A Brisa da Tarde, jornal da pequena São Félix do Morro Alto. Mas o dono, seu Tista, jamais permitiria que isto acontecesse, afinal ele só publicava os maiores folhetinistas da Europa, como Alexandre Dumas e Patrice du Jardin. Além do mais, João era apenas um brasileiro, e o que sabia um brasileiro de contar histórias em capítulos?
Em uma tarde de agosto de 1849, João pediu uma chance para escrever, mas seu Tista nem lhe deu atenção. Falou que, no máximo, lhe pagaria a tradução se ele soubesse francês e se tivesse um folhetim. Foi aí que João disparou: MAS EU TENHO UM FOLHETIM EM FRANCÊS E POSSO TRADUZIR! Que livro era esse? Onde ele o conseguiu? E como ele sabe francês?
Com trama alucinante que parte do quadro "Os peregrinos da ilha de Cítera", de Jean-Antoine Watteau, e personagens de curiosa semelhança com os habitantes da cidadezinha, o folhetim exigirá de João muita imaginação para lidar com seu suc...
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