Como uma certa psicanálise fala das homossexualidades? Como psicanalistas consideram a diversidade sexual? Podemos, enquanto psicanalistas inseridos na historicidade da nossa clínica, continuar usando categorias pretensamente universais mas em realidade marcadas pelo contexto social, histórico e politico do seu surgimento? Podemos continuar definindo, de forma universal, vias “certas” da subjetivação que descuidem das mudanças nas modalidades de aliança e filiação, e nas praticas de sexuação e sexualidade? Se a homossexualidade, durante muito tempo, constituiu um problema para a teorização psicanalítica, hoje em dia é a estranha homofobia de vários discursos apresentados em nome da psicanálise que se revela problemática. Se a psicanálise tem se interrogado sobre a homossexualidade durante mais de um século, hoje são as homossexualidades, pela sua maior visibilidade social e jurídica, que a interrogam. Não se trata mais de constituir saberes sobre a “origem...
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