Que tal dar uma espiada no futuro? Essa é a proposta da antologia Futurismos, doze contos com tramas diversas trazendo à tona mulheres com todos os tipos de talentos e personalidades. O amor entre mulheres no futuro será melhor aceito ou se tornará crime? Distopias, utopias. Batalhas, ditaduras, paz. Mulheres guerreiras, soldadas, espiãs, androides, ciborgues, querendo viver seu amor de forma plena e lidando com conflitos de todas as naturezas. Qual destes dozes caminhos a humanidade seguirá?
Quando vi Paulo pela primeira vez, na sua torre de marfim da rua Barão de São Borja, eu soube que seríamos amigos. Ele era a ousadia e a cultura refinada que esta cidade não assimilou, um dandy dos trópicos, o Gay Sunshine de uma Mauristaadt sodomita nos becos e repressora nas casas de família. As lembranças que aqui são contadas não abarcam todas as ricas experiências de uma vida errante, algo de playboy e cigano irresponsável. Mas uma vida cheia de charme, of course. Tampouco traça um panorama linear do que foi a arte pernambucana nos anos 70 e 80 — anos em que Paulo, no Diário de Pernambuco, comentou, divulgou e ajudou artistas locais e de outros estados. À Sombra da Casa Azul surge como flashes, desabafo, o explícito de um sexo para sempre condenado ao profano. Como amigo, pude vivenciar momentos difíceis de Paulo. Como admirador de sua personalidade e de sua poes... Leia mais